Gente, essa semana, uns 80 amigos me marcaram em fotos como essa abaixo, onde cadeirantes “milagrosamente” se levantam durante os jogos da Copa do Mundo.
Então, eu resolvi escrever sobre isso, pra mostrar as duas faces desse acontecimento mirabolante.
A primeira face é uma vergonha mesmo. Tem gente que se aproveita da situação e finge que é cadeirante pra comprar ingressos e assistir aos jogos. O povo brasileiro, que acha que passa impune e imune a qualquer coisa e não está nem aí mesmo. Aí eu e meus amigos – todos cadeirantes de verdade – ficamos desesperados, tentando comprar ingressos pra abertura e não conseguimos, enquanto esse povo “biito”, uma gracinhas de educação, vão lá, compram nossos ingressos e foram à abertura no nosso lugar. Dá vontade de soltar os cachorros, mas eu sou uma lady e não farei isso fora dos meus pensamentos.
Uma amiga cadeirante chegou a entrar numa página de venda de ingressos, onde existia o seguinte anúncio: “vendo brasil x méxico R$ 400,00 cadeirante. E se precisar vendo cadeira de roda tbm por R$150,00. E ainda com laudo da deficiência .” Esse anúncio não é pra acabar com o piqui do Goiás. É pra acabar com o piqui do mundo inteiro, meu deus do céu. Mais pensamentos pra você, querida pessoa criativa que escreveu isso.
Agora, eu vou falar do outro lado. E me usarei de exemplo, pra ninguém mais ser atacado com críticas.
Existe SIM cadeirante que fica em pé. Eu fico! Pode olhar no meu facebook, no meu instagram, na fan page, na academia e no jogo da Copa das Confederações do ano passado. Eu preciso me apoiar em algum lugar (na grade, por exemplo) ou em alguém. E consigo me sustentar em pé por menos de 2 minutos. Ou seja, eu não vou conseguir me levantar rápido pra ver o lance que vai levar ao gol. Eu não consigo me levantar rápido se alguma coisa for cair na minha cabeça. Eu não consigo ficar em pé filmando ou fotografando o campo ou o jogo. Mas eu consigo ficar em pé sim! Aliás, eu preciso ficar em pé várias vezes durante o dia, pra aliviar a dor gigantesca na minha lombar. Eu tenho 1 ano e 8 meses de lesão (que completarei dia 22) e estou há 1 ano e 8 meses batalhando pra conseguir ficar em pé! Então, eu vou ficar em pé no intervalo do jogo sim! E quero ver quem vai tirar minha foto e colocar nas redes sociais falando que sou cadeirante fake.
Eu não consigo andar. Não consigo me locomover, se não for em cadeira de rodas. Mas isso não quer dizer que eu passe 24 horas do dia sentada ou deitada. Apesar de representar uma pequena maioria entre os lesados medulares (sim, existe mais gente como eu, mas não quero citar nomes, pra proteger os meus amigos), existem lesados medulares que conseguem se manter em pé por segundos ou minutos, com ou sem apoio. E existem pessoas que são monoplégicas, existem pessoas com mobilidade reduzida, outros que usam prótese (como a moça loira da primeira foto). A variedade de “cadeirantes” é imensa.
Outro dia uma pessoa me disse “Você nem é cadeirante de verdade. Suas pernas não são tão finas.” Oi? Eu tenho espasmo! E muito! Vocês sabem o quanto isso dói e pode atrapalhar a minha vida? E eu tenho alguns movimentos de uma perna e eu nunca escondi isso de ninguém (por isso uma perna é mais grossa que a outra).
Uma ex-aluna, e hoje minha amiga, a Ana Carolina de Mello, disse o seguinte sobre esse assunto: “Penso que para que alguém estar/usar este recurso, os motivos podem ser os mais variados, pode ser o pé quebrado, pode ser plegia com lesão medular a depender muito da lesão, pode ser uma dor e pode também ser uma atitude de má fé. Mas fiquei pensando nestes estereótipos que as pessoas fazem, principalmente quem não é/está/foi cadeirante, usando alguns recursos do senso comum e generalizando, algo como: “quem usa cadeira de rodas não se mexe, não fica em pé e não torce? Não vai ao jogo?” Fico pensando neste olhar assistencialista que estamos habituados a ter: ou temos pena ou julgamos. Poxa! Enquanto cidadãos e em especial enquanto Terapeuta Ocupacional, fico pensando neste espaço que “permitimos” que o outro habite, a partir do nosso julgamento e olhar, muitas vezes preenchidos de conceitos sem maiores críticas e aproximações com a realidade. Claro que podem ter pessoas usando disso para furar filas, ter espaços adaptados – pensando que ele não tem aquela necessidade, pois penso na equidade sempre. Não adianta distribuir óculos para toda população brasileira se nem todos precisamos deles não é?”
Assim sendo, não podemos julgar ninguém, nem falar nada sem antes conhecermos a verdade! Enquanto muitos estão realmente agindo de má fé, outros estão ali, como eu estarei, por direito adquirido (e não pense que foi gostoso adquirir esse direito). Estarei cantando, torcendo, gritando, vaiando, vibrando, em pé e sentada. Vai me ver em pé no intervalo do jogo e me criticar? Senta aqui na minha cadeira, no meu lugar! Quer trocar? :p
Boa, Dani!
Obrigada Jairo, querido!
Parabéns pelo seu lindo texto Dani!!! Eu também sou deficiente mais não consigo ficar em pé, mais conheço pessoas tetraplégicas que ficam em pé, por isso acho bastante complicado esses tipos de julgamentos. Bom mesmo seria que essa pessoa da foto comparecesse e fizesse um esclarecimento da veracidade dos fatos.
Lindo o q vc falou!!! Adimiro muito sua posição. Ao invés desse povo postar fotos de “supostos cadeirantes fake”, pq não filmam esse povo se levantando “voado”, como se diz aqui no Ceará, da cadeira para ver os lances?!
O que me mata de vergonha e raiva ao mesmo tempo é o povo brasileiro, salvo os honestos, reclamando de corrupção e se corrompe. Quem tem que mudar somos nós brasileiros!
Dani, espero de todo meu coração que esse fato não a abale, e que você tenha cada vez mais força pra seguir em frente. Infelizmente “nesse mundo” as pessoas se acostumaram a criticar, a apedrejar sem nenhuma responsabilidade.
É claro que pensar nesse fato como verdadeiro nos revolta. Mas às vezes precisamos por um instante olhar para as situações com o coração, com bom senso e com respeito, e perceber: “Eu” posso estar errado”!
Espero que de alguma forma tudo isso sirva para acabar com aqueles que agem de má-fé. E para aqueles que realmente precisam, que sejam tratados com respeito principalmente resolvendo com padrão FIFA todos os problemas de acessibilidade que existem nesse país.
Que nos sigam os bons!
Beijos querida =)
Deus te ouça, Carin! Que tudo isso se resolva e logo! bjss =)
Eu fico muito triste em ver as pessoas julgando quem eh deficiente ou não. ..as pessoas tem q entender que existe incapacidade temporária ou permanente. Existe também os paraplégicos e os paraparéticos. Um dos exemplos que dou eh uma pessoa que coloca prótese de quadril. Ele pode pedir benefícios para deficiente. Outro exemplo eh alguém que tem uma amputação transtibial, se vc protetizar essa perna…dificilmente vc vá saber q ela eh deficiente,mas talvez em alguns momentos essa pessoa precise de uma cadeira de rodas… bom ficam mais essas dicas pra quem pensa em julgar!!
Mas a primeira é realmente prótese? Foi levantado o questionamento, mas pela foto não dá para perceber (pelo menos eu não consigo).
Quanto ao assunto, eu comentei sobre isso largamente no meu facebook e twitter, com meus amigos. Até mesmo estragando aquelas piadinhas de “milagre da copa”. Pombas, acusar e julgar sem conhecer os fatos é fácil, né?
Realmente Marcio, muito fácil julgar, né?!
Eu creio que a melhor definição para tudo é: os honestos pagam pelos desonestos. Infelizmente por uma coleção de “pessoas sem estofo moral”, cadeirantes de verdade podem acabar sendo hostilizados. Tal qual a mulher que morreu no Guarujá confundida com sequestradora. Tristementemente triste o fato.
Realmente Andre!
Excelente texto.Coerente e sensato. Foi dentro do que eu pensei quando vi uma destas fotos.Melhoras, moça e bom jogo.
Obrigada Kellen!
Linda!
Bem q falei para amigos q compartilhavam, não julgue precipitadamente, abraço.
Obrigada Arminda! bjs
Existem também aqueles que jogam futebol https://www.youtube.com/watch?v=jyz4j4YSDsc
O que quero dizer é que quem tirou a foto não ficou apenas 10 segundos vendo os dois, ficou por pelo menos 1h30min e se os dois fossem deficientes que podem se levantar a pessoa perceberia.
Bem pensado Cesar!
O cara da camisa 11 não seria o acompanhante dela, que o PNE tem direito?
Oi Marcio o que seria um PNE? Sou tetra e preciso de uma pessoa até para beber água, se fosse ao jogo ele teria que estar ao meu lado, como seria? alguém viu isso lá, porque eu não fui aos jogos e nem irei.
PNE = Pessoa com Necessidades Especiais. Aprendi essa outro dia, nas discussões sobre essa foto
Exatamente, creio que ninguém faria esse alarde todo se não fosse uma situação real ou bastante suspeita de desrespeito, quem estava atrás teve um bom tempo pra verificar se a situação era fraudulenta ou não. Creio que, pela repercussão, essa pessoa que aparece na foto já deveria ter se pronunciado, caso seja realmente um deficiente, de qualquer tipo, temporário ou não.
Existem também as pessoas que, mesmo com uma deficiência, também não ocupam esses lugares por uma simples questão de opção pessoal, cansei de ver cadeirantes em shows bem lá na frente, fora do cercadinho que normalmente destinam a nós. Às vezes, é bem mais prático fazer isso logo de cara do que ser jogado nos setores ditos “especiais”. Eles devem ser removidos pras áreas dos deficientes, porque estão tomando o espaço de uma pessoa normal? Claro que não!
Comigo, aconteceu um fato bastante curioso. Sou desses “cadeirantes eventuais” (ando com bengalas mas uso cadeira em situações mais complicadas) e compreendo muito bem que isso pode acontecer, um desses chamados “milagres”, mas isso não é justificativa pra nada, nem pra deixarmos de policiar as coisas e reclamar dos abusos. No show do Paul McCartney na Minas Arena, levei simplesmente 1h e 30 minutos para conseguir entrar no estádio, por razões diversas (mas todas relacionadas à falta de acessibilidade!). Quando consegui “localizar” meu setor (que nessa altura do campeonato já não era mais meu setor, mas outro…), a moça que estava me acompanhando e (des)orientando, da (des)organização do evento me fala que “não havia mais local disponível para mim e meu acompanhante no novo setor também” – acompanhante que ficou em pé, diga-se de passagem, quando teria direito a um assento comum – ou seja… ou venderam ingressos a mais para aquele setor específico, ou alguém havia tomado meu lugar, que nem era mais onde deveria ter ficado, mas ainda assim, teria de ser “meu” por direito: comprei e paguei por ele primeiro do que quem em tese o “invadiu”. Um erro ou possível engano não justifica o outro, não podemos simplesmente achar que a pessoa é realmente deficiente (ou não) apenas por uma foto nem mesmo achar que todos os casos apresentados não são fraudes. O que está em discussão aqui e o que se levanta para ser verificado não é se houve milagres ou não, mas a (óbvia) possibilidade de fraude ter ocorrido. É o mesmo caso do sujeito que para na vaga de deficientes sem credencial porque “torceu o pé”, e “é só hoje”.
Marcos, lamentável o que aconteceu com vc. E, infelizmente, isso ainda se repete com alguns “de nós”. bjs
Criticar é muito fácil. Aliás, apontar o dedo para falar do outro sem se olhar no espelho antes é o que as pessoas mais fazem. Mas realmente, trocar de lugar com você (ou com qualquer outra pessoa com mobilidade reduzida), isso ninguém quer. Infelizmente, a cultura de alguns é a do “jeitinho”, seja para antecipar o atendimento bancário ou para obter outras vantagens. Obrigada por nos dar o outro lado da moeda! Por abrir nossos olhos tão viciados nos pré-conceitos e pré-julgamentos! Continue em pé…
Obrigada Cyntia! bjss
Espero que deixe essa condição de cadeirante o mais breve possível, para que possa vibrar,pular e comemorar a próxima copa.
Deus no Controle. grande Abraço.
Dani bem legal vc explicar isso de que sim, tem cadeirante que fica em pé…o que não signifique que ele não tenha necessidades especiais e que tenha direito a alguns benefícios (não sei se é essa exatamente a palavra), mas que a condição necessita e lhe dá direitos.
Porque é verdade,se a pessoa não é cadeirante – e não tem alguém próximo que é – e vê uma cena dessas vai mesmo achar que é gente bancando o esperto (como alguns são, como você comentou) e se é certo povo reclamar/denunciar isso, com certeza é injusto querer obrigar que o cadeirante fique sentando o tempo todo, tendo condições de levantar, só pro povo não desconfiar, achar que ele está usurpando o lugar de alguém que tinha realmente direito (seja a vaga , ingresso ou outro…)
Obrigada pela explicação porque eu, confesso, também estava ‘pensando’ só na turma de espertos e não me dei conta que nem sempre a condição de cadeirante quer dizer ‘pessoa incapaz de levantar da cadeira’.
abraço
Luallessi, eu que agradeço seu comentário! abraços
Também agradeço, Dani. A primeira coisa que pensei foi nos espertos. Sua matéria foi bem esclarecedora. Um abraço.
Parabéns . e melhoras que Deus continue te iluminando e que vc consiga andar novamente .
Amém Guilherme
Bom texto. É sempre enriquecedor ouvir aqueles que de fato sofrem com os problemas citados e amplamente comentados por todos, sem que estes ao menos conheçam as dificuldades pelas quais vocês passam.
Só uma observação: fico relativamente desanimado em notar que você critica os estereótipos acerca dos cadeirantes [“Mas fiquei pensando nestes estereótipos que as pessoas fazem, principalmente quem não é/está/foi cadeirante, usando alguns recursos do senso comum e generalizando”], porém cita um dos mais famosos estereótipos brasileiros, do complexo de inferioridade [“O povo brasileiro, que acha que passa impune e imune a qualquer coisa e não está nem aí mesmo”]. Eu não faço isso, acredito que você também não faça e sei que milhões de brasileiros também não fazem. Portanto, dizer “o povo brasileiro” é uma generalização de senso comum e bastante equívoca.
De qualquer forma, parabéns pelo blog. Desejo melhoras e agradeço pelo esclarecimento sobre a condição dos cadeirantes.
Amauri, obrigada pela observação. Prestarei mais atenção nas próximas vezes! bjs
Quando vi as fotos, tive o mesmo pensamento da maioria. Mas como parte dessa maioria, não tenho (tinha, agora) esse conhecimento que você passou.
E esse é o problema! Sempre julgamos (e muita coisa, diga-se de passagem) sem parar para pensar um segundo antes e, nas consequências de nossas palavras. Afinal, um iniciou esse comentário, e é provavel que também não soubesse do que estava falando, mas ainda assim outros lhe seguiram.
Então. Obrigado pelo conhecimento. 😀
Eu que agradeço seu comentário, Fabio!
Dani
Tenho uma vizinha que se tornou cadeirante depois que sofreu um AVC. Ela consegue ficar de pé, mas com muita dificuldade. E ela consegue andar de muletas, mas muito devagarinho. Dá para sentir que é sacrificante para ela. Por isso, achei estranho as pessoas estarem julgando apenas por uma imagem. Muito esclarecedor o seu texto.
Abraços!
Maria Lúcia
Maria Lúcia, que bom que gostou! bjss
Isso pra mim é a famosa síndrome de vira-lata. Basta uma imagem aleatória aparecer no feed das pessoas que já começam a malhar o governo, as pessoas, o país, a Dilma… Platão estava certo mesmo, as pessoas preferem viver na caverna.
Parabéns pelo ótimo texto, não tenho contato com cadeirantes e me surpreendi em ler que você recebe comentários tão idiotas assim por conta da sua situação. Enfim, desejo tudo de bom pra você, ótimo texto!
Vinicius, obrigada pelo elogio referente ao texto e pelo carinho direcionado a mim!
Grata pelos esclarecimemtos. Aprendi muito. Educar é o caminho. Ensinar, utilizando a própria história, é um ato de amor fraternal.
Que bom que gostou, Sol!
Lindo post, Dani! Criticar é bem fácil mesmo, pessoal não lê, não procura saber a verdade, simplesmente adora sair falando. Parabéns pelo post 😉
Raquel, fico feliz que tenha gostado!
Ola Dani, eu adorei seu texto. É muito importante que as pessoas divulgem a infinita variedade de necessidades especiais. Eu mesmo sou lesionado na cervical e faço parte de uma minoria de lesionados que anda, sem cadeira e sem bengala. Mas mesmo assim tenho minhas necessidades especiais em função da lesão.
Philipe, que bom que você gostou! bjs
Oi Dani, seu post virou sucesso, saiu até na Folha de São Paulo!!!
Eu como cadeirante que não fico em pé há 08 anos, e conhecendo os brasileiros há 50 anos, acredito SIM que alguns energúmenos possam estar aproveitando da situação para tirar lugar de TANTAS pessoas que como eu e você temos o DIREITO de estar lá. Mas é óbvio que existem pessoas com deficiências (PcD) que como você consegue ficar de pé, e isso precisa ficar bem claro a todos. É bom lembrar também que há cadeirantes que precisam de acompanhamento 24h, como é caso dos tetraplégicos que necessitam de um cuidador ao lado o tempo todo. Por essas e outras que temos que ter cuidado ao julgar somente a partir de uma foto.
Agora, o pior são pessoas ligadas aos órgãos públicos as quais falsificam credencias a pessoas que não têm esse direito. Um esclarecimento, existem 04 tipos de DEFICIÊNCIAS (PcD), FÍSICA, VISUAL, AUDITIVA E INTELECTUAL, podendo ser temporárias ou definitivas. Agora, pessoas que têm direito a usufruir de vagas como estacionamento, locais em shows, jogos, etc. são as PcD com DIFICULDADE DE LOCOMOÇÃO, ou seja, esses lugares não são para PcD que se locomovem normalmente, como outro dia vi um rapaz descendo do carro em uma vaga para PcD que não tinha as mãos, mas se locomovia normalmente, ou seja, essas vagas não são para essas pessoas. Desculpem-me os deficientes visuais e auditivos, essas vagas não são para vocês e muito menos para os deficientes físicos que não têm dificuldade de locomoção. Com relação aos deficientes intelectuais a regra é a mesma, tem direito à vaga se tiver dificuldade de locomoção e ponto, não há o que se discutir.
Voltando ao caso das vagas nos estádios, me admira muito as PcD que estão nesses locais “por direito” não se manifestarem. Isso é o Brasil, as pessoas têm medo, vergonha, sei lá o que para tomar uma atitude no local, digo isso porque se vejo uma situação assim faço um escarcéu que é capaz do juiz parar o jogo, na minha frente garanto que não deixaria passar em branco.
Agora pergunto ao autor da foto, você foi dizer para a pessoa que aquele lugar não era dela ou só tirou a foto?
Resumindo, se isso realmente está ocorrendo a culpa é nossa, sendo assim, parem de reclamar e TOMEM UMA ATITUDE!
É isso aí Fifo!
Fifo, preciso discordar de você em parte. Os locais nos estádios da Copa, e as vagas especiais em qualquer estacionamento, reservados são para PCDs, ou seja, pessoas com deficiência, entre elas, cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida, obesos, pessoas com deficiência visual, todas elas definidas na Lei nº 10.098, art. 2º, inc III., sem distinção do “tipo” de deficiência”. Este foi o conceito utilizado pela FIFA, e que também norteia todas as instalações em prédios públicos, privados, de entretenimento, veículos de transporte público bem como em sistemas de comunicação e sinalização, para a promoção da total acessibilidade. Quanto ao resto, fecho com você em gênero, número e grau.
Gostei muito de saber as variáveis de um cadeirante: nunca imaginei, pensava que não se levantavam nunca.Que bom que muitos conseguem aliviar a dor e a pressão de ficar sentados o dia todo.Obrigada pelos esclarecimentos.Forte abraco e boa sorte.Atenciosamente,zenaide storino.
Fifo, essa ………. de nova sigla “PNE”é Pessoa com necessidades especiais. Juro! Juro que tem lugar que usa isso!!!
Zenaide, que bom que vc gostou! bjss e obrigada pelo carinho
Confesso que quando li as reportagens no facebook critiquei também, mas quando li seu texto fiquei mais informada sobre o assunto, apesar de ter passado por um momento desse quando minha mãe fez uma cirurgia e para sair de casa precisava de uma cadeira de rodas, que nesse caso foi passageira. Execelente explicação, apesar de ter também mostrado o lado das pessoas que usam isso de má-fé. Adorei o texto Dani
Raissa, que bom que gostou!
Muito bom seu texto. Espero que muito em breve você esteja pulando nas arquibancadas, cantando e vibrando com as vitórias de nosso esporte. Por enquanto, aproveite o seu legítimo direito de ter um lugar especial em qualquer lugar que venha frequentar. Abs.
Luiz Carlos, mil vezes amém!hahahaha bjss
Muito explicativo e atencioso o seu texto, parabéns. Eu mesmo devo admitir que já tive muito destes chamados preconceitos e você ampliou bastante meu conhecimento acerca do assunto.
Que bom que gostou do texto, Carlos! Fico feliz!
Intriga-me na capacidade humana em se sujeitar em tal feito para se obter benefício próprio, é repuguinante, desprezível, nojento quem aceita se submeter a isse tipo de situação seja qual for o motivo ou razão. Jeaus Cristo na sua infinita sabedoria, faz uma revelação de. como seriam os homens (mulher) humanidade no futuro, 2 Timóteo: 3. 1. Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; 2. pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, 3. sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, 4. traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Já estamos vivendo esse tempo. Deus abençoe a vc que teve a iniciativa de relatar maestrosamente esse fato e esclarecendo as duvidas de muitos que automagicamente pré jugaram pela foto publicada.
Marcus, você tem toda razão quanto aos versículos bíblicos citados!
Fico feliz que tenha gostado do texto!
Dani, vc é uma pessoa esclarecida, e com sorte os demais são ajudados com seus comentários, vc é guerreira e batalhadora, merece meu respeito. Parabéns por sua iniciativa de expor estes acontecimentos lamentáveis em nossa sociedade! Bjs
Ligia, que bom que gostou do texto, amiga!! bjss
http://esclerosemultiplaeeu.blogspot.com.br/2014/06/deficiencia-nao-e-sinonimo-de-cadeira.html?m=1
Se foi você que eu coloquei no Facebook por compartilhamento, peço mil perdões. Eu uso duas muletas e fiquei revoltada com a noticia de que pessoas normais estavam se passando por cadeirantes.
Obrigada por postar sua matéria.
Lise, fique tranquila, querida! Que bom que gostou da matéria!
Uma coisa que tomei ciência a pouco tempo é que este lugar não é somente pra cadeirante e sim pra n tipos de deficiência. Uma amiga que teve câncer e foi colostomizada tem direito a esse lugar. Dá mesma maneira que uma outra conhecida que é surda também utiliza a plaquinha deficiente feita com o laudo médico, assim como entrou nas quotas de deficiente para emprego. Minha mãe por exemplo é amputada, usa prótese e anda com dificuldade. E também teria direito a este lugar mesmo ficando em pé. Eu acho que o símbolo da cadeira é que confunde muito. Só fui aprender que não somente o cadeirante mas outras deficiências também tem prioridade com a explicação desta minha amiga que teve câncer.
Você tem razão Patrícia! E poucas pessoas sabem disso!!! Obrigada por compartilhar, pra que mais pessoas também possam saber! bjs
Você tem razão Patrícia! E poucas pessoas sabem disso!!! Obrigada por compartilhar, pra que mais pessoas também possam saber! bjs
Seria excelente se TODOS lessem seu relato Dani, pois, infelizmente, a maioria do povo sabe muito bem criticar sem saber da verdade…e vai compartilhando coisas sem fundamento. Força, garota !
Iara, obrigada!! bjss
Parabéns pela iniciativa Dani. Nessa Copa todo mundo falou o que bem entendia sem ter base nenhuma. Desejo melhoras pra você, e sinto muito que tenha que passar por esse tipo de coisa, mas não esquenta, quem vive incomodado com a vida alheia não deve ter lá uma vida muito interessante. Abcs
Ed, você tem toda razão! Quem tem uma vida interessante se importa com outros tipos de coisa, né! Obrigada pelos desejos de melhoras e pelas palavras! bjs
Seu blog deve ser compartilhado pelo mundo inteiro e é o que vou fazer. Beijos e boa recuperação meu bem 🙂
Israel, muito obrigada pelas palavras e pelo carinho! bjs
Parabéns Dani Muito esclarecedor o seu texto Torço para que um dia voce consiga andar novamente Beijos
Sergio, muito obrigada!! Amém e amém!hahaha bjss
Muito bom texto, to passando por situação semelhante, menos grave, achei o texto bem interessante…
Estou lutando com uma lesão óssea sem motivos aparentes nos calcanhares, os ossos estão se partindo, e isso me causa muuuuuuita dor… Estou a 7 ou 8 meses andando de muletas para pequenas distâncias e cadeira de rodas para longas distâncias sim, porque não posso me sustentar nos ossos quebrados, pois corro o risco inclusive de quebrá-los mais… Consigo andar, em casa não uso nenhum dos recursos, mas ficar mais que 15 minutos sobre os ossos se partindo causam uma dor alucinante, e minhas pernas não estão finas, porque faço exercícios para panturrilhas, inclusive ando de bicicleta para isso, cerca de 15 a 20 km por dia, de forma adaptada, usando apenas as pontas dos pés…
Sempre vejo pessoas me olhando torto quando entro em filas de deficientes, porque acham que estou usando as muletas para “furar fila” mas vou dizer uma coisa… Passaria duas horas na fila em pé, muito mais feliz se não tivesse sentindo dores, e sem bolhas nas mãos, detalhe, sou artista Plástica, e Deus sabe o quanto as bolhas causadas pelas muletas, e os tremores e fraquezas nelas quando faço muita força para me locomover me atrapalham…
Eu não comprei as entradas de deficientes, mas poderia sim, inclusive existiam dois tipos, as de cadeirantes e as de portadores de necessidades especiais, cheguei em casa nos dois dias que fui, com as mãos completamente machucadas e exausta, mas sentei na cadeira normal, escolhi isso porque fui com amigos e queria ficar junto com eles, e os lugares especiais só dão direito a um acompanhante… Assim que entrei no Maraca, fui abordada por diversos voluntários perguntando se não queria a cadeira de rodas que tinha disponível, só não peguei porque estava acompanhada, e sabia que ficaria sentada, mas se tivesse pego, teria levantado nos lances do jogo SIM, e não estaria fora do meu direito…
Acho que se alguma dessas pessoas tentou ser esperta, com certeza se ferrou, e acabou levando uma lição para casa, a de agradecer todos os dias e curtir a sua saúde, e usufruir dela, pois a troca não vale a pena… Se existem direitos, é porque os portadores de necessidades especiais precisam mesmo, é necessário espaço maior para locomoção e segurança… Eu sei que meu caso, ao que tudo indica, é temporário, a longo prazo, mas temporário, e se já respeitava antes, hoje os respeito muito mais…
Vamos procurar saber antes de julgar galera, preconceito não é nada nada legal…
Fernanda, te entendo. E sinto tanto por vc estar passando por tudo isso. Receba meu carinho! bjsss
Obrigada Dani, a recíproca é verdadeira!!! Receba também o meu carinho e o meu respeito por fazer de seu Blog um espaço informativo, e instrutivo… Desejo realmente que as pessoas se informem mais, e procurem conhecer mais desse universo, para que o respeito se transforme em algo comum… Natural…
Desejo melhoras e conquistas diárias para você e para todos que passarem por aqui…
Bjus
Olá! Vamos para o lado ruim: As críticas foram injustas! Vamos para o lado bom: Aumentou as pessoas que se importam de verdade para os oportunistas que estão roubando este direito! Compartilhei sua foto antes, mas editei tudo agora. Desculpe, pelo descrédito! Infelizmente estou acostumado com oportunistas 🙁 E obrigado por esclarecer a situação pra gente! 🙂 Desejo melhoras! Bjs!
Aco valido deixar o relato do que meu primo passou no Maracanã:
Copa Brasil: Padrao deficiente de organização para mobilidade reduzida.
Amputado de membro inferior esquerdo e com uma cirurgia de cervical ha menos de 1 mês, Marcus, que já havia comprado ingressos para levar o filho ao Maracanã, afinal uma Copa em nosso País não se nega a um filho de 13 anos. Com toda infra anunciada para mobilidade reduzida, Marcus acreditou!
Compra e retirada: Para comprar pelo site foi uma facilidade. A retirada, para quem mora na Barra é na Cidade das Artes, um lugar abandonado, sem iluminação e informação no estacionamento, e sem funcionários para orientar. Esteve lá dia 15/06 às 19h, sabendo que o horário de funcionamento é até as 21hs.
Informaçoes sobre chegada ao estádio uma vez que não está podendo dirigir:
1) Na retirada dos Ingressos, a resposta foi: “não sei responder, vou perguntar para a “colega”, que também não sabia responder”;
2) No telefone 0300 de BH da Fifa ninguém atendia, somente “máquina” e sem informação, e no telefone oficial da prefeitura (1746) a resposta foi a seguinte: “desculpe senhor, mas não temos esta informação”.
3) Na internet, nada sobre o Assunto
Marcus resolveu ir de taxi e viver o sacrifício com a coluna operada e chegar antes de fecharem as ruas e chegou no estádio às 11:45h!!!! (Para um jogo que seria às 16h) E COMO SAIR? Bem, acreditou que lá conseguiria informações!!! TODOS só sabiam dizer que fecharia 4 horas antes do jogo e reabriria 2 horas após o término. Bem, pessoas sem mobilidade devem mofar num Estádio 6 horas além do entretenimento!!!
Uma informação que todos deveriam saber: onde é o portão que eu devo entrar? Mais uma vez a copa trapalhada entra em açao: O guarda informou que pelo F (que estava no tiket) não abriria, que ele deveria ir ao A para se informar, subindo a rampa (!!!), Subiu a rampa e nada, o portão A era embaixo!!! Quando achou o A, encontrou 2 pessoas com camisa azul e branco “volunteers” e a informação é que deveria retornar ao F, retornou ao F e outro “volunteers” informou que teria que ir ao E, para entrar e depois de estar dentro, me dirigir ao F!!! Ora, mas essa maratona é para quem tem muita mobilidade!!!
A uma hora dessas já batia no relógio 12:45 pra lá e pra ca! Ufa entrou, agora esta dentro do evento tudo vai acontecer? Claro que não! Ao perguntar onde seriam os elevadores, pois teria que subir 2 andares, a informação foi: “não tem elevador, tem que ir de rampa.”. Dois andares de rampa, compraram um mate e pararam para respirar, e ao entrar no corredor que dá acesso às cadeiras, mais surpresas: uma rampa subindo, e um acento bem colado na mureta/vidro, escada abaixo, SEM CORRIMÃO!!!
Para sair, outra tortura: Depois de andar muito para sair da zona proibitiva de passagem de veículos, aguardou muito, não conseguiu um taxi e pegou um ônibus lotado e foi com o filho, em pé, para longe daquela tortura. O jogo? Bem, que bom que ainda pode andar e fazer um filho feliz, e quem não pode?
Realmente nao estão preparados para um evento deste porte, imagina em 2016 que o evento será somente no Rio!!!
Confesso que quando vi sua foto no face fiquei indignada na hora , mas em seguida pensei se tratar mesmo de um cadeirante que consegue ficar em pé, justamente porque meu marido assim como vc teve uma lesão medular e está há 1 ano e sete meses desde o fato se esforçando muito para melhorar cada vez mais os movimentos , a lesão foi na T 5 e como vc ele tbm conseguia ficar em pé se apoiando em algo, agora ele já esta conseguindo andar com o andador, faço votos para que vc tbm consiga , vejo por ele e imagino o quanto deve ser dolorido espasmos e a sensação de dormência nas pernas. Mas foi excelente sua explicação e desabafo, abraços Elaine
Obrigada pelas palavras e pelo apoio ELiane! Abraços pra vc e pro seu marido
Olá Dani, não conhecia sua página, vi atraves de um link no facebook. Ótima leitura, tá mandando super bem! 🙂 Muito esclarecedor pra quem não conhece bem essa realidade. Amei! Tá arrasando Dani!! 🙂 🙂
Silvia, muito obrigada! Que bom que gostou!
Dani, que linda repercussão!!! Ontem havia escrito um comentário, mas pelo visto não consegui postar.
Vou tentar recuperá-lo aqui dentro: te parabenizo pela coragem e generosidade em compartilhar suas vivências e pensamentos!!! Aprendo muito com você, todos os dias. Enquanto pessoa e enquanto profissional… Tento sempre pensar qual é o lugar que “permitimos” que o outro ocupe. Obrigada pelas ajudas e fiquei sinceramente feliz que nosso “trocar de ideias” se transformou num texto esclarecedor, bem humorado e reflexivo.
Você é uma pessoa linda. Estou longe mas pertinho, espiando sua vida, suas fotos e leituras e me divertindo, vibrando a cada conquista sua.
“Eu quero mais é te ver na pista,
Da vida
Dançando sem parar” (5 a seco)
Beijo doce e lindo sábado.
Parabéns pelo corajoso depoimento! Esse cortiço que se chama Facebook (e mídias sociais em geral) virou um espaço de julgamento fácil, de se apontar dedos, parece que ninguém pensa!… Um bom fim de semana pra você!
Oi Dani,
Confesso que, quando vi a foto, achei um absurdo, porque não conhecia cadeirantes que conseguem ficar em pé. Conheço apenas duas ou três cadeirantes (todas mulheres), e nenhuma delas consegue se levantar.
Aliás, uma delas é muito amiga minha, e eu a conheci numa situação muito insólita: ela estava procurando o banheiro adaptado, na rodoviária, porque não tinha nenhuma sinalização e a porta era escondida e o espaço para manobrar a cadeira era bem em frente à catraca de saída do banheiro (se você for de São Paulo, o episódio se passou na rodoviária da Barra Funda). O povo passava quase por cima da minha amiga, e não permitia que ela sequer manobrasse a cadeira. Eu tive que ficar em pé, na frente da catraca, impedindo a passagem das pessoas, para que a menina pudesse se mover.
O povo não se manca, mesmo… e os aproveitadores, que se fingem de deficientes para entrar com vantagens em estádios, são uma variação do mesmo tipo de gente que só olha pro próprio umbigo e não deixa uma cadeirante entrar no banheiro adaptado! Infelizmente, eles devem existir em grande número, pela amostra que eu vi no dia em que conheci minha amiga.
Justamente por ter tanta gente aproveitadora aqui no Brasil, é que muita gente se deixa enganar quando vê uma foto como a primeira que ilustra o post: uma foto pouco nítida, em que não dá para ver direito a prótese da moça (você a menciona no texto). Como eu me deixei enganar.
Por que eu deixei esse comentário aqui? Porque gostei demais do seu texto, Dani. Ele me fez parar para refletir! E isso me faz “ganhar o dia”, como se diz por aí!
Beijos
Milena
Milena, que bom que gostou! Fiquei muito feliz!!! bjss
Olá Dani, espero que você continue seu processo de recuperação e tenha pleno êxito. Que bom que depoimentos como este cheguem ao público em geral, para que mais injustiças não sejam praticadas em nosso país, que já é tão açodado da arte de condenar as pessoas. Pra mim é inimaginável que alguém possa se passar por deficiente para conseguir um ingresso para a Copa do Mundo. Jamais uma coisa dessas poderia passar pela cabeça de uma pessoa de bem, e somente uma pessoa egoísta e totalmente despreocupada com o próximo e o bem comum consegue chegar a este extremo. Enfim, se é mesmo verdade que estão fazendo isso, espero que sejam descobertos e punidos com rigor. Abraços.
Olá Dani,
Foi exatamente isso que tentei explicar aos meus colegas de trabalho que faziam criticas severas a foto lá de cima…. Tentei explicar a eles tudo que voce falou. Eles? eles disseram que não era o caso, que dava pra ver bem que não são deficientes……
Ai eu disse, é vcs devem ter razao, eu aqui ocupo uma vaga de deficiente, e ninguem diz que eu sou né? Afinal tenho olhos azuis, “perfeitos”! não é mesmo?
Ai sim eles se entreolharam, como que se eu pudesse ler seus pensamentos, sabe?
A nossa luta tem que deixar de ser a de provar que somos o que somos, mas sim, podermos ser o melhor a pesar do que somos ou estamos.
bjs querida!!!! a luta continua!
desculpe, só pra ficar mais claro, sou cega da vista esquerda, e enxergo pouco mais que 40% da direita…rs mas meus olhos são perfeitos, não tem aparencia da maioria dos cegos, ta?
desculpe, só pra ficar mais claro, sou cega da vista esquerda, e enxergo pouco mais que 40% da direita…rs
vou fugir pouco do texto ! vc e linda 🙂 lutadora Emfim torcendo pela sua recuperação ! não só suas mas que todas pessoas que sofra pelo mesmo bjos !
Oi, eu acabei de ver o link dessa reportagem e achei interessante o que você escreveu. Acabei aprendendo coisas que nunca havia pensado antes.
Achei tão bem escrito que dei mais uma olhada no blog. Você é realmente uma pessoa impressionante. Te desejo tudo de bom, que continue vendo a vida e o mundo da forma como vê, porque é inspirador. E que tenha a possibilidade de realizar todos os seus sonhos, por que não os dois? O plano A e o plano B?
Abraços
Mariana, que bom que gostou do blog! Obrigada pelo carinho! bjss
Oi! Não concordo muito com isso. Os critérios pra compra de ingresso para cadeirantes não são os mesmos de mobilidade reduzida. Em momento algum, olharam meu laudo médico. No setor reservado para cadeirantes, por educação e respeito ao torcedores que estiverem atrás de nós, não devemos ficar em pé né? Já vi “cadeirante” usando cadeira de banho no Mineirão!
Oi Dani.
Concordo totalmente com você!
Eu mesma já passei por várias situações semelhantes com a Bia..
Temos que avaliar antes de julgar!
Bjoss
EU morei com uma familia, que a irmã e o irmão tinham uma doença rara, chamada adrenoleucodistrofia ( a mesma do garoto do filme Oleo de Lourenzo). A mãe, as vezes tinha problemas, porque era bem visivel que os adolescentes precisavam de lugar especia, mas a mãe tinha dificuldade para conseguir um lugar ao lado dos filhos. porque ela não tem problema algum, mas os filhos são completamente dependentes dela para tudo… Na minha opinião, ela tem q ter prioridade para tudo sempre que estiver com eles. e isto nao acontece. PS. para que o pessoal que adora falar mal do nosso pais, isto aconteceu lá nos EUA.
Parabéns pelo seu lúcido e esclarecedor depoimento, Dani. Uma verdadeira luz no meio desse tiroteio sem sentido. Estou torcendo pela sua melhora. Um abração.
Dani, em primeiro lugar quero lhe parabenizar pelo excelente texto. Em 2º quero lhe dizer que compartilho de sua vontade de soltar os cachorros, mas não só nas pessoas que fraudam, se é que há mesmo uma fraude, como todos os agentes, médicos, vendedores de ingressos, enfim, toda a corja que sabemos, se junta quando a ordem é tirar vantagem. Mas também fico indignado que em plena era da internet, das redes sociais, do google e da possibilidade de conhecimento instantâneo, ainda existam pessoas que manifestam suas opiniões em geral preconceituosas e discriminatórias, sem antes tentar se informar sobre o assunto em pauta. Felizmente pessoas como você tomaram a frente na atitude de esclarecer um pouco a ignorância (do verbo ignorar) deste povo. Sou deficiente físico, ou pessoa com deficiência, como querem os “politicamente corretos”, desde os 10 meses de idade, vítima que fui de uma poliomielite que naquela época (início dos anos 1960) assolava as crianças do país. Resultado disto, perna direita 100% inerte, perna esquerda com 60% da capacidade motora e sensitiva preservadas e uma pronunciada escoliose dorso-lombar. Até o ano passado, com o auxílio de bengalas canadenses e de um aparelho ortopédico, eu caminhava tranquilamente, além de durante a juventude ter uma vida quase que totalmente normal, jogando futebol, pulando muro, brincando de esconde-esconde, dançando nas festinhas de adolescente e tudo o mais. Ano passado, em decorrência de uma complicação do diabetes quem me diminuiu o equilíbrio e o controle das pernas, optei por usar cadeira de rodas, por conforto e principalmente por segurança. Ainda consigo ficar em pé, dar meus passos, e não poucos, porém, as longas distâncias já não venço com pernas e bengalas, até pela questão do equilíbrio, cada vez menor. Então, eu sou quase que exatamente o deficiente físico (eu insisto no termo) que, num jogo de futebol, deveria ser fotografado e filmado como um “fraudador”, a exemplo da menina da foto, e olhe que minha paraplegia já completou 50 anos. Eu comprei ingressos para a Copa do Mundo no local destinado a PCDs, com direito a acompanhante, por que é meu direito e a cada gol ou lance importante, ou no intervalo da partida, me levantei e dei uns passos, para aliviar minhas terríveis dores lombares (acho que já li isto por aqui). Quando da retirada dos ingressos, fui informado de que precisaria comparecer pessoalmente ao local, para que pudessem verificar a veracidade da minha deficiência, não bastando o laudo médico nem a carteira municipal de estacionamento privativo. Por este motivo, coloco em cheque a existência de tal fraude, sem negar-lhe a possível existência, além, é claro, por todos os seus argumentos e explicações brilhantemente expostos em seu texto. Gente como você é muito necessária na luta dos PCDs a favor da conquista da total acessibilidade e contra a escuridão do preconceito e da discriminação. Parabéns e obrigado.
Eu que agradeço Ricardo!
Adorei seu texto e o recomendei no meu blog hoje: http://kikacastro.com.br/2014/06/22/a-cadeirante-que-ficou-de-pe/ 🙂 Espero não ter feito nenhuma interpretação errada. Obrigada pelo aprendizado! 😀
Kika, ainda espero um convite seu, pra te conhecer e fazer umas fotos!!rsrs bjss
Dani, vim parar aqui por causa desse post e agora vou acompanhar sua história. Vc disse tudo o que eu penso!! Tenho certeza que como fisio, vou aprender mto por aqui. Beijos
Obrigada Thaty!! bjss
Não te conheço, mas achei super ótimo o seu texto!! As pessoas estão tão habituadas em julgar, que sequer pensam na possibilidade de existir explicações, como as suas!!! Parabéns pela última frase do texto!! Perfeita!! Eu tenho 11 graus de miopia e uso lentes de contato…muita gente sequer imagina que tenho tamanha dificuldade para enxergar…Não se compara com a dificuldade que é não andar, mas entendo perfeitamente o que vc sente quando vê posts assim…
só tenho a dizer: obrigado, obrigado e obrigado. esse seu texto foi um presente, de verdade 🙂
ah!, e toda força do mundo pra você! o mundo carece de mais pessoas assim 😉
Obrigada pelas lindas palavras Neutron!
a minha pergunta é: o local é reservado para cadeirante ou para pessoas com deficiência física, porque aí existe uma grande diferença… não sou cadeirante, mas sou deficiente (uso prótese em uma das pernas amputadas), e se fosse ao estádio, com certeza faria uso da cadeira, pois apesar de andar, não consigo fazer em longas distâncias, como tenho visto que é pra se chegar e entrar nos estádios da copa, mas também conseguiria ficar em pé e andar caso fosse necessário… a pessoas estão confundindo as coisas também, só pq o símbolo internacional de de deficiente é um cadeirante não significa que os outros não são… há de se saber antes de julgar… infelizmente sei que existe muita picaretagem no Brasil, sofro muito diariamente por causa das vagas de estacionamento reservadas e a falta de respeito das pessoas do “é só um minuto”, mas aí generalizar…
Oi! Não concordo muito com isso. Especificamente nos locais reservados para cadeirantes, geralmente as pessoas permanecem sentadas. Por exemplo, no Mineirão, os voluntários sempre fiscalizam e pedem para que os acompanhantes permaneçam sentados. Caso contrário, atrapalharemos a visão dos torcedores que ficarem atrás do local para cadeirantes. Acho que é uma questão de respeito e de educação. Tanto na Copa das Confederações quanto na Copa do Mundo, em momento algum verificaram minha condição de cadeirante, seja no Estádio ou na hora de buscar os ingressos. Vale lembrar também que os critérios para compra de ingressos para cadeirantes não eram os mesmos das pessoas com mobilidade reduzida. Enfim, acho super válida sua explicação. Mas, independente de ser fraude ou não, creio que o local reservado para cadeirantes seja, primordialmente, para pessoas sentadas. A não ser, é claro, que não exista mais nenhuma pessoa atrás de nós.
Tive a grata chance de conhecer esse blog depois que vi um vídeo absurdo no Facebook em que um senhor anda tranquilamente es enta na cadeira-de-rodas,. O video está no link abaixo.
https://www.facebook.com/photo.php?v=716248775109194
Então, tu faz isso tbm?
http://blogs.lancenet.com.br/blogdalancetv/video-mostra-cadeirante-andando-normalmente-no-maracana/
Não Fernando! Ainda não consigo andar. Quem sabe um dia!
nossa Dani entrei por acaso no seu blog através do vídeo que vi no face. deparei-me com esse comentários de pessoas que tem essas necessidades especiais (falo isso por não ter tido contato com pessoas assim perto) mas em seu blog entrei em um mundo novo que ele descreveu muito bem. parabéns pelo texto confesso que nesse contexto é o primeiro que entro. mas hoje por acaso aprendi uma coisa nova. eu escrevo por hobby, romance e sim ja tive uma ideia de uma historia que envolve uma personagem que no meio da historia fica necessidades especiais, ia futuramente, quando colocar a ideia p papel pesquisar mais sobre assunto. e gostei muito de hoje por acaso já me deparar com esse mundo. e gostei que não foi diante da minha pesquisar. foi pelo acaso e a verdade que esse é o bonito de compartilhar desse momento agora “o acaso”
Faz tempo que esses compartilhamentos estão me irritando. E você escreveu a resposta perfeita para esses que pensam ser justiceiros e moralistas de plantão, compartilhei esse texto. O último parágrafo é um soco no estômago dos desinformados. Parabéns!
Obrigada Thiago!!
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Muito bom seu post. Eu publiquei ontem mesmo sobre esse assunto no meu facebook, e mesmo assim ainda hj vi vários compartilhamentos sobre os cadeirantes que registraram na copa. Estou indignada com a repercussão desse assunto e de como as pessoas julgam os outros em um assunto tão sério e de forma tão maldosa. Parabéns pelo texto.
Muito obrigada Mariana!
Olá Dani, sou Rosilene e estou estarrecida com o tamanho da falta de conhecimento do povo.Eu sofri um acidente á 4 anos e tive um diagnostico de tardio de lesão no nervo ciático e fibular perdi os movimentos da perna direita e um pouco do quadril, passei pelo hinto , gafree, e pelo dr Gaspar professor da pontifica, uso muletas e cada dia é mais difícil de andar me sugeriram uma cadeira de rodas o médico da aacd, mais eu consigo andar pouco espaço,fico em pé é difícil só que eu não desisto, sou abordada a todo instante com pessoas que não sabem da minha vida e sou constantemente criticada, afrontada, humilhada quando entro no ônibus,em fila por causa da ignorância das pessoas hoje aprendi que é meu direito assegurado por lei,não pedi para ficar assim quem estar incomodado se quiser fique com o problema que eu tenho, mais é muito triste porque não há respeito algum, as pessoas entende que deficiente é só cadeirante, cego e que cadeirante tem que ficar condenado a não se levantar nunca, mas não é assim quando fico em uma fila é torturante, pelas dores e as pessoas acham que não temos nada para fazer em casa, ficam falando assim: porque não manda um parente pagar a conta, mais muitas das vezes as pessoas não tem quem faça isso e ai? Deixa de viver? Não paga as contas? é nas casas lotéricas em ni eles não respeitam mesmo se o respeito começassem pelas lojas estabelecimentos públicos, e a policia e principalmente pelas pessoas as coisas iriam começar a melhorar. Deixo o meu desabafo e indignação pelo fato.
OI SOU CADEIRANTE ME CHAMO. DAVID VILLAMAYOR POSADA. TENHO LESÃO MEDULAR ,
C-7 E C-8 E SOU OBRIGADO A ANDAR DE CADEIRA DE RODAS NA RUA PARA MINHA SEGURANÇA , PARA QUE EU NÃO CAIA MAIS POR QUE ME FALTA O EQUELIBRIO, MAS EM CASA SIM, CONSIGO FAZER AS COISAS SOZINHO , COMO LAVAR LOUÇA NA PIA E FAZER ALGUMAS COISAS COM COZINHAR MAS APOIADO NUMA MOLETA E NÃO E POR ISSO QUE VOU FICAR 24 HORAS CENTADO NUMA CADEIRA DE RODAS . AGORA TEM GENTE QUE VE A GENTE DE PE , E JÁ PENSA QUE ESTAMOS COM MENTIRA PA CONSEGUIR AS COISAS MAIS NÃO É FACIL E NÃO E BEM POR AI , E COMO MUITOS , ALGUNS DE NOS QUE SOMOS LECIONADOS MEDULARMENTE, SIM PODEMOS FICAR DE PE APOIADO EM ALGUMA GRADE OU PAREDES OU MESNO APOIADO EM UM OMBRO AMIGO , OU DE OUTRA PESSOA , POR ISSO AS PESSOAS QUE NÃO SABEM O QUE FALAM E NEN O MUITO MENOS O QUE ENCHERGAM. DEVERIAM CUIDAR DA VIDA DE SÍ MESMO A DEIXAE DE FAZER OU FALAR BESTEIRA E POSTAR FOTOS SEM SABER QUAL É O ASSUNTO QUE SE PASSA NAQUELE MOMENTO .
Justo o que precisava! Obrigada