Dani Nobile

Wings for Life 2015

Gente do céu, quase 3 meses sem computador.. Socorro!! Quase morri!! Mas consertou e agora eu já posso voltar a dividir tudo com vocês! To devendo uns mil posts, então, bóra começar a colocar o papo em dia!

Vou começar contando sobre a Wings for Life desse ano. Pra quem me acompanha desde o começo, deve lembrar que, no ano passado, eu venci a primeira edição dessa prova linda aqui no Brasil.

Pra quem nunca ouviu falar da Wings for Life, ela é uma corrida mundial, sem linha de chegada. Após 30 minutos do início da prova, um carro perseguidor sai a 30km/h e, assim que o carro te alcançar, você para! Ou seja, você vai correr no seu limite, o mais longe que puder chegar naquele dia. A prova acontece em mais de 30 países ao redor do mundo, simultaneamente. Em cada país a largada é num horário, de acordo com o fuso. Todos os carros perseguidores saem ao mesmo tempo. Em cada país há o ganhador feminino e masculino, mas há também o ganhador mundial. E onde há cadeirantes participando, há os ganhadores masculino e feminino sobre rodas também. A prova é mundialmente patrocinada pela Red Bull. Pra saber mais, tem tudo e mais um pouco aqui no site oficial  http://live.wingsforlifeworldrun.com/pt-BR

Como prêmio por vencer a edição 2014, esse ano eu pude escolher um país para fazer a edição 2015. E como sou meio italiana (e meio espanhola), eu escolhi a Itália! Lá, a prova acontece em Verona, a cidade de Romeu e Julieta  <3

Quando eu entrei no site pra olhar a prova italiana de 2014, eu vi que a largada era num piso de paralelepípedo. Mas estava lá que apenas alguns metros eram assim. Esqueceram de avisar que apenas 7km eram assim! Eita nóis! Ou seja, nenhum cadeirante ali foi muito longe. A organização me disse que não havia cadeirantes na prova do ano passado. Esse ano éramos poucos.

Bom, vamos lá. O percurso é liiindo maravilhoso. Largamos no centro histórico, bem em frente ao Teatro Romano, onde também foi a retirada do kit. O percurso passa por praticamente todos os pontos turísticos, incluindo uma vista deslumbrante do Castel Vecchio.

Durante todo o percurso na cidade (porque os corredores que vão mais longe terminam a prova numa estrada rural, coisa mais linda do mundo), os italianos aplaudem a gente sem parar… e os turistas também! Acabamos passando por ruas bem estreitas, onde quem não está correndo fica limitado à calçada e nós dentro da faixa, na rua. Isso faz com que todos fiquem muito próximos e crie um clima muito legal durante a prova.

Bem no início eu conheci 2 pessoas maravilhosas: Niko e Giggio. O Niko é o cadeirante e Giggio o pai maravilhoso que empurrou o filho durante a prova toda. E, não sei como, queria me empurrar também! Pai super herói.  Até fizemos um trenzinho pra tirar a foto, mas não deu muito certo rsrs Acabei ficando bem próxima deles durante boa parte da prova, então pudemos conversar no máximo que meu italiano ia e o inglês deles vinha.

 

Bom, a corrida foi avançando e eu resolvi filmar o melhor piso em que corremos, pra vocês verem (o pior: sabe aquelas tartarugas que colocam no asfalto em locais onde não podemos mais estacionar? Imaginem uma do tamanho da sua mão. Agora imaginem uma rua inteira feita disso. Era quase igual).

A legenda do vídeo no instagram foi “Se vc for cadeirante e ganhou a Wings For Life, escuta a tia Dani: não escolha Italia pra correr! O país é lindo, Verona é linda, mas até o km7, esse é o melhor piso do percurso (imagine o pior! Tanto que eu preferi ir pela calçada na hora do pior!!). Não é a toa que eu caí. Não uma, mas duas vezes. E nao foi um tombinho qualquer. Foi de joelho e cara no chao! Kkkkkkkkk Ainda bem que eu estava de luvas!! E vieram um moooonte de italianos lindos me ajudar a sentar de novo :p “

É, gente.. eu caí! Não tem aquele vídeo que todo mundo compartilhou “bota a cara no sol, mona..bota a cara no sol”.. eu entendi “bota a cara no chão” e obedeci hahahaha

Pois é, gente. E com isso, eu perdi tempo. Por mais que as pessoas tenham sido mega solícitas, foram tanto e exageradamente cuidadosas que demoraram tempo demais pra me colocar de volta na cadeira e catar água que voou prum lado, celular pro outro.. aí a menina que estava uns 100m na minha frente desapareceu da minha vista.  Também, seria pretensão demais querer ganhar de novo rsrs

Bom, depois que eu caí, uma moça me ajudou na subida, enquanto eu avaliava os ralados (ainda bem que eu estava de luvas, senão “adeus pele das mãos”) e bebia água. Chegamos ao posto de água, ela ficou la pra se hidratar e eu mandei bala embora… Infelizmente, um pouco depois da ponte do Castel Vecchio, o carro perseguidor me alcançou, antes mesmo de eu aproveitar o asfalto pra dar um gás na prova.

Conheci um grupo de austríacas que foi pra correr a prova. Esperamos juntas pelo ônibus que nos levaria até a largada de novo..mas nada de ônibus. Peguei o mapa da cidade, que estava na minha mochila, e decidimos voltar por nossa conta, conversando e apreciando a cidade.

Assim que chegamos ao local da largada e eu fui direto pra massagem. Estava tensa por ter esfregado a cara no chão e feito exposição da figura na prova. Ali, conheci o Giuseppe, um cadeirante muito legal e engraçado, que estava com uma turma de amigos. Tiramos fotos e trocamos moedas dos nossos países, apesar de eu já ter euros e dizer ao moço que era um péssimo negócio me dar um euro e levar um real, mas ele disse que seriam nossas moedas da sorte.

Logo, a Fer chegou e nós decidimos sentar ali, no meio da praça, onde tantas e tantas pessoas também estavam em frente ao telão, acompanhando a prova. E foi emocionante torcer, pois a Itália se manteve entre as finalistas mundias. Todo mundo gritando, aplaudindo..foi lindo demais e inesquecível!

E a prova no Brasil? Bom, eu não tava aqui pra ver, né?! Então eu mandei os correspondentes hahahaha  Enviados especiais cadeirudos, pra nos contar tudão.

 

 

 

A Fabiula Silpin é de Brasília, e conta como foi: “Sobre a corrida de hoje: Cheguei atrasada 10 mim (Quase desisti de correr) rsrs mas decidi ir mesmo sendo uma das últimas. Decidi ir devagarinho, mas sinceramente pensei que faria um percurso de uns 5 minutos, rsrs. Mas graças a ajuda da minha amiga Alana e outras 2 pessoas que não me lembro o nome que encontrei no caminho que tive que pedir ajuda pois me machuquei as mãos, consegui percorrer um longo caminho que não faço a mínima idéia de quantos km foi kkkkkkk. Mas sei que fui muito além do que eu mesma esperava, mesmo sem treino algum e muito menos com condicionamento físico. Mas valeu muito a pena, agora é se preparar pra ano que vem novamente, já que será aqui em Brasília de novo. Dia 8 de maio, galera”.

 

Minha amiga Stéfanny Fernandes, foi pela primeira vez em um corrida! Eu amei a novidade! Nós internamos juntas no Sarah e eu to doida pra arrastar essa mulher pro esporte. Apesar de ter começado a prova com 15 minutos de atraso, conseguiu fazer 3km sozinha, sem ajuda e sem condicionamento físico. “Foi maravilhoso participar. Ver todas aquelas pessoas correndo por nós, foi emocionante! Me senti livre e com as esperanças renovadas!” Ela me prometeu que vai tentar fazer mais provas. Vamos cobrar!

 

 

 

Também estava lá meu amigo Diego Coelho. To feliz da vida por ele, pois o Diego ganhou a prova masculina! Fez 21km sem ajuda. O cara é monstrão! Diego me contou que começou a prova tranquilo, mas lá pelo km15 estava muito cansado. Pelo que ele me contou, na linguagem de corredor, ele ia quebrar jaja. Mas tinha um corredor experiente alinhado com ele há alguns km, que deu um gel de carbo (nosso famoso e adorado gelzinho) pro Diego experimentar. Aí ele se sentiu com aquele gás pra correr mais um pouco. E foi isso que o levou a ganhar a prova. Ele disse que, inicialmente, ficou um pouco chateado, pois a organização não confirmou imediatamente sua vitória. Algumas horas depois da corrida foi que o Monstrão recebeu um email com a confirmação, e foi retirar seu prêmio la na RedBull.

 

 

Também tive um enviado especial na Holanda. Meu amigo Bruno correu em Breda . Foram 14km debaixo de chuva, mas ele curtiu demais! Mas olha a foto que ele me enviou no dia da retirada do kit. Não dava pra imaginar que ia chover. Ele conta que, assim que o carro os alcançou, ele, mais um cadeirante e mais três atletas tiveram que se refugiar numa estábulo (sim, já estavam numa estrada que cortava fazendas) pra não congelarem enquanto esperavam o ônibus que os levaria de volta pra largada. Totalmente diferente do nosso calorão brasileiro! rsrs

Se você perdeu essa prova tão especial, que ocorre uma vez por ano, não perca a corrida no ano que vem. É sempre no primeiro domingo de maio. Corra pra se inscrever! Em 2016 vai ser em Brasília de novo. Espero vocês lá 😉

Sthéfanie Louise Déa, Fernando Fernandes e Walquiria Coimbra

Diego Coelho e Suzi

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

foto da organização da prova, que o pessoal da Itália me enviou 🙂

Roberta Lys, Francisco Xavier Fontenele Júnior, Felipe Costa, Renato Guimarães, Cida Fontenele e Fernanda Fontenele

Kauana Araujo (centro) e amigas

Biel e seu pai Rodrigo, com os amigos

Leo Carvalho, Beta CB e a galera na largada

Morgana de Oliveira

Paula Narvaez, Debs Aquino e seus respectivos rsrs