Cadeirudos e cadeirudas queridos, to aqui pra falar do nosso projeto, que dá nome a esse blog “Por uma vida saudável sobre rodas”.
A ideia surgiu hã poucos dias, conforme eu contei no post anterior, que foi originalmente publicado no blog Mãos pelos pés. (Se você não leu, aproveita! É só rolar a barra e ler o texto de baixo rs). Comecei a notar que, infelizmente, a obesidade ou o sobrepeso, tem sido a realidade de alguns (muitos) cadeirantes. Vi gente no shopping, na rua, em várias cidades, nas redes sociais, precisando se preocupar um pouquinho com a saúde. Fica difícil pra se transferir, pra fazer as coisas do dia a dia, a gente perde força nos braços porque só usa pra tocar a cadeira…enfim, a vida fica um horror!
Aí, tive a ideia mirabolante e propus mudarmos isso juntos, quando postei o texto. E o que aconteceu depois da postagem? Em 3 dias, 20 pessoas entraram em contato comigo, por email ou pelo Facebook. Então eu montei um grupo secreto no Facebook. Juntando isso e o pessoal dos emails, em menos de 15 dias, já somamos 40 amigos de rodinhas (verdade seja dita, mais meninas que meninos), tentando ficar saudáveis como nunca antes (na verdade, todo mundo também quer ficar sarado, mas isso é segredo).
Eu fiquei tão feliz e com tanta vontade de conhecer mais gente e reunir mais amigos, que resolvi montar essa página. Pra que ela vai servir? Aqui darei dicas de alimentação e receitas saudáveis, dicas de atividades físicas e postura na cadeira. Falarei, também, sobre minha luta pra emagrecer (farei até retrospectiva, porque comecei em maio/2013) e alguma coisa sobre mim mesma.
Aí você me fala: Tudo bem você falar da sua experiência, da sua vida pessoal. Que lindo! Mas se você não é nutricionista, nem educadora física, de onde você vai tirar essas outras dicas, sua doida? Exatamente isso! Como não sou maluca (só pareço), não vou prescrever dieta pra ninguém, nem o tal do “treino”. O que eu farei é passar dicas de alimentação. Pra isso, consultarei meu nutricionista, o André Facchin. Ele também vai postar algumas coisas pra vocês aqui, de vez em quando. E as receitas, serão passadas por ele, inventadas pela maluca que vos fala, ou pesquisadas e testadas, porque não quero ninguém morrendo de vontade ou comendo comida sem-graça pra emagrecer! As dicas de exercícios e como se mexer na cadeira, também não sairão da minha cabeça. Eu vou postar pra vocês fotos e vídeos dos exercícios que eu já faço na academia. Também vou consultar professores especializados, pra passar algumas dicas pra quem tem a lesão mais alta do que a minha. Afinal, cada corpo é um corpo, cada lesão é uma lesão e cada um tem uma dificuldade. E nem todo mundo pode ir pra academia. O que fazer em casa? Também já pensei nisso!
Outra coisa que quero fazer é falar de experiências da vida real. Entre essa turma que já me procurou, tem muita história legal de gente que já ta emagrecendo, que tem dicas bacanudas, que tem ideias mirabolantes de como se movimentar. E eu quero passar tudo isso pra frente! Então, se você tem alguma coisa legal pra falar, escreve pra mim! Vou adorar! E sua foto vai aparecer aqui. Afinal, ninguém vai aguentar ficar olhando só pra minha cara todo dia.
Gente, é isso! Bóra começar! Colocar nossas rodinhas pra rodar, em busca de uma vida mais saudável!
Dani, venho acompanhando o seu blog e realmente a sua vontade de viver e não sobreviver é linda!! Obrigada por compartilhar as suas experiências!!
Eu que agradeço, Lilia, pelas palavras e pelo carinho.
Olá, Dani. Que legal o projeto. Sou cadeirante com lesão medular completa nível T5 a T10. Foi devido a um atropelamento quando eu era um bebê de 10 meses. Então estou mais de 20 anos sentada e isso engorda muito! Estou acima do peso, quase obesa. Já tentei dieta mas me passam dietas de andantes, cheia de comida! Se comer tudo aquilo daqui mais 20 anos acho que chegaria a ser a mulher de 500 kg. Uma vez perguntei a um médico: “O senhor já atendeu cadeirante?” Ele me respondeu: “Não mas já atendi deficientes visuais”. Quase que eu respondi para ele: “deficientes visuais andam com as pernas, as caminhadas são são feitas com os olhos”. Hoje em dia não tenho mais ânimo para dietas. O que procuro fazer é comer meio pão francês sem miolo por dia e 2 colheres de sopa de arroz no almoço e mais outras 2 no jantar, além de uma porção de mistura e outra de verduras, sem feijão pois não gosto. Não percebo melhoras. Nada como o exercício. Agora eu tenho jogado 1 hora de Just Dance para wii por dia! As vezes dá a impressão que já emagreci meio quilo, nem que tenha sido na orelha, se eu prestar muita atenção. Hoje em dia não tenho pique para regime pois fiquei mais de 1 década tentando e devido meu atropelamento ter sido quando era apenas um bebê, com o cérebro em desenvolvimento, há uns 3 anos fui diagnosticada com estresse pós-traumático. A médica explicou que foi um trauma muito grande que aconteceu quando meu cérebro era muito imaturo, que a maturidade cerebral na hora do acidente ajuda a pessoa a não ter estresse pós-traumático. E esse estresse pós traumático me atrapalha a seguir dietas. Como de tudo, mas tudo nas quantias controladas, como descrevi. Parabéns pelo site!
Elaine, que história, hein, querida? Mas olha só, eu acho que você ainda está nova, tem muito tempo de vida pela frente e pode conseguir ótimos resultados para a saúde se fizer algumas pequenas mudanças na sua vida! Vai dar tudo certo. Estamos nessa juntas. bjss
Dani, qual é teu e-mail? Gostaria de conversar contigo para uma matéria.
Olá Eli. Meu email é dannyybo@ibest.com.br. Abraços