Uma alavanca é descrita pela física como um objeto rígido, usado com um ponto fixo (nossas articulações) para que se multiplique a força ou divida a força (resistência) de outro objeto.
A alavanca tem três componentes fundamentais: o Braço de força (força muscular em nosso caso), o Braço de resistência (resistência da carga) e ponto de apoio (articulações).
A distância entre o ponto de apoio e o ponto onde a carga é imprimida é chamado de braço de resistência. Quanto maior for a distancia entre a carga e o ponto de apoio, maior será o braço de resistência, ou seja, maior será o peso aplicado no conjunto. Por isso é muito mais fácil executar elevação lateral com os cotovelos flexionados a 90º do que com os braços completamente estendidos. Com os braços flexionados, a carga (halteres) está mais próxima ao ponto de apoio (articulação do ombro), proporcionando um braço de resistência menor.
A distância entre o ponto onde se aplica a força (local da inserção do músculo no osso em nosso caso) e o ponto de apoio (articulação) é chamada de Braço de força. Quanto maior for esta distância, maior será o braço de força, portanto mais fácil será mover a alavanca. Chamamos de vantagem mecânica, o fato de determinado conjunto de alavanca ter um braço de força muito grande, esse fato reduziria drasticamente a força necessária para mover o objeto de resistência (peso).
A maioria de nossas articulações são de terceira classe, ou seja, o ponto de apoio está localizado em uma extremidade, a carga (resistência) está localizada na outra extremidade e a força de contração muscular está entre as duas. A maioria de nossas articulações apresenta uma desvantagem mecânica, pois o braço de força é bem curto em relação ao braço de resistência. Isto pode ser uma desvantagem por um lado, mas tem seus fatos positivos. Dessa forma nossos músculos podem se contrair menos, mas mesmo assim atingir um movimento articular bem amplo e com velocidade.
O seu braço está do tamanho que você deseja?
Existem muitos que dizem por aí: “Quem não rouba não cresce!” Sempre que ouço esta frase, ou que observo alguém utilizando uma forma de execução inadequada fico muito chateado, pois algo muito importante na musculação não foi ensinado àquela pessoa.
Quanto peso você é capaz de erguer?
Esta é talvez a pergunta mais repetida nas academias em todo o mundo. Porém, é a mais inútil de todas. O peso que você ergue, a carga que você usa não tem tanta importância no final das contas. Muitos pensam que é necessário aumentar o peso para ficar forte, quando na verdade o inverso é o verdadeiro: “É preciso ficar forte para depois aumentar o peso”. Não devemos ir à academia com a intenção de simplesmente erguer o peso a cada repetição. Sua missão em cada repetição não é mover o peso da posição A para a posição B.
O que buscamos é o estímulo total do músculo, a contração total, dessa forma podemos desgastar a musculatura e obrigar a mesma a crescer de qualquer maneira.
Nosso sistema nervoso central sempre busca maneiras de facilitar ao máximo o trabalho mecânico em nosso corpo. Raramente utilizamos apenas um músculo para realizar qualquer movimento que seja, principalmente em cadeias fechadas.
Nosso corpo sempre busca uma posição ou movimento articular que facilite ao máximo trabalho. Na musculação o exemplo clássico seria a rosca direta, se formos realizar um movimento de rosca direta inconscientemente, nosso sistema nervoso fará com que ergamos os cotovelos e nos curvemos para trás – isso faz com que os deltóides e a musculatura paravertebral ajudem os bíceps a erguerem o peso. Isso é tudo o que nós não queremos quando treinamos musculação com o objetivo de hipertrofia. Quanto mais trabalho localizado no músculo alvo, melhor o resultado. Por isso temos que nos concentrar e contrair apenas os bíceps, no caso de nosso exemplo. Sempre que você mudar a forma de execução de um movimento, e o movimento se tornar mais difícil de ser executado, melhor serão seus resultados.
Todo exercício na musculação tem cuidados ou detalhes a se observar sob o ponto de vista biomecânico.
Isto é muito relevante para o o sucesso na eficiência na ativação muscular principalmente quando o objetivo proposto é a hipertrofia.
Grande abraço.
Leonardo Lima
Formado em Educação Física, Bacharel em Teologia/Filosofia. Pós-graduado em Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício. Mestre em Fisiologia Humana e pós-graduado em Biomecânica e Avaliações. Professor acadêmico, palestrante de cursos e preparador físico. CREF. 023984 – G-SP
parabéns eu gostei muito
gostaria de aprender muito
essas técnicas, muito bom
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